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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Prevenindo Infecções associadas aos cuidados da saúde (IACS)

Caros leitores do Blog,

A Kimberly-Clark Health Care está na luta contra as IACS (Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde). Recomendo a leitura do material, está didádico e de fácil visualização!

Aparentemente, os dentistas nada teriam a ver com infecções hospitalares, mas isso está longe de ser verdade. Infecções orais como a periodontite podem ser uma das causas de pneumonia associada a ventilação mecânica em pacientes intubados. Dificilmente pacientes em sedação profunda, coma ou em estado grave realizam adaquadamente a higiene bucal. Portanto, a manutenção da saúde bucal faz parte da prevenção de infecções hospitalares. Além disso, o próprio dentista pode ser vetor de infecções como hepatite B e HIV. Fique atento às condições de higiene do consultório. Certifique-se que todo material é esterilizado, se não há resíduos de outros atendimentos e se os descartáveis estão sendo de fato descartados e não reutilizados. Verifique também se o seu dentista lava as mãos!

Vamos aderir a essa campanha!



domingo, 15 de agosto de 2010

Abscesso Periocoronário - Pericoronarite

Aviso Importante aos Leitores
O Blog “Saúde Periodontal, Periodontite e Gengivite” mantido pela Cirurgiã Dentista Thais Oliveira Gonçalves tem como finalidade esclarecer e educar a população sobre os assuntos Odontológicos de relevante interesse da coletividade. Não visamos autopromoção ou sensacionalismo, preservando a ética e o decoro da profissão, razão pela qual não fornecemos consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento, tampouco emitimos opinião sobre tratamento realizado por terceiros. Destacamos que a Odontologia é uma profissão que se exerce, em benefício da saúde do ser humano e da coletividade, sendo considerada como uma ciência de meios e não de resultado, uma vez que cada paciente possui particularidades que interferem diretamente na técnica empregada pelo Cirurgião Dentista e no sucesso do tratamento executado. Dessa forma, orientamos que havendo dúvidas sobre a sua saúde bucal ou quanto ao seu tratamento odontológico, que seja consultado o seu Cirurgião Dentista.



A erupção dos terceiros molares, ou "o nascimento dos dentes do siso", é um evento aguardado com uma mistura de medo e curiosidade! Por serem os últimos dentes a se deservolverem, temos sinais da sua existência entre os 15 e 25 anos de idade na maioria das pessoas. Também por serem os últimos, geralmente não há espaço na boca para eles e aí começam os problemas. Algumas pessoas precisam ser submetidas a remoção desses dentes que não nasceram. Eles podem ficar totalmente "submersos", dentro do osso, ou podem sair parcialmente. Os dentes do siso que erupcionam parcialmente costumam proporcionar incômodos diversos, como alimentos retidos, dor e trismo (dificuldade para abrir a boca). Além disso, como estão parcialmente expostos, eventualmente uma camada de gengiva pode cobrir-lhes, criando um novo nicho para bactérias.

Resíduos alimentares como casquinha de pipoca, semente de morango, cascas de frutas etc podem se alojar no espaço entre a gengiva e a coroa de um terceiro molar parcialmente irrompido. A dificuldade de higienizar os sisos perimitirá o crescimento de bactérias e a formação do que chamamos de abscesso pericoronário ou pericoronarite - ou seja inflamação nos tecidos em volta da coroa dental. Dor intensa, inchaço local, inchaço da face, trismo e em alguns casos febre e prostração são os sinais mais comuns de pericoronarite. Nesses casos, o Cirurgião Dentista deve ser consultado em caráter de urgência. O tratamento é basicamente local com drenagem do pus que se forma, limpeza da região e indicação de analgésicos/antinflamatórios para aliviar a dor. Em alguns casos, quando há febre e inchaço da face, pode-se indicar antibióticos. Após melhora, quando a região estiver com sinais de saúde, é rigorosamente indicado a remoção da capa de gengiva ou a extração do dente do siso para evitar futuros abscessos.

Contra pericoronarite é inútil a administração de medicamentos sem o tratamento local. A causa do abscesso se encontra abaixo da gengiva que cobre a coroa do dente e deve ser removida. Portanto NEM PENSE EM AUTOMEDICAÇÃO. Procure o Cirurgião Dentista!

Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Apinhamento dental

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O apinhamento dental é uma condição relativamente comum, na qual os dentes se posicionam de forma inadequada pela falta de espaço. Popularmente ouvimos termos como dentes tortos ou montados. É muito comum na região anterior inferior (dentes da frente de baixo), principalmente durante a transição entre os dentes decíduos (ou dentes de leite) e os dentes permanentes porque a mandíbula da criança ainda é pequena em relação aos dentes permanentes que a acompanharão durante a vida adulta. Em muitos casos, quando a dentição permanente está completa e a mandíbula também completou seu crescimento, o apinhamento dental se resolve e os dentes ficam alinhados no arco dentário. Mas, eventualmente, a falta de espaço permanece e os transtornos também! Além de ser esteticamente desfavorável, não é fácil limpar os dentes apinhados. Nessa região de incisivos inferiores também já é comum o acúmulo de cálculo dental (chamado de tártaro na linguagem popular) e frequentemente observamos inflamação gengival. O apinhamento de dentes posteriores dificulta da mesma forma a higiene porque já não são facilmente visualizados pelos pacientes em condições normais, apinhados fica quase impossível limpar. O uso do fio dental é praticamente uma tortura e a escova não alcança toda a superfície dos dentes apinhados. Se você notou que seus dentes estão tortos ou desalinhados, consulte o ortodontista. O tratamento ortodôntico (aparelhos) posiciona os dentes corretamente e com alinhamento dos dentes a higiene é facilitada prevenindo doenças gengivais!

Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Escova de dentes: qual a melhor?

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A nossa rotina diária inclui a escovação dental, mas muitas pessoas ainda não sabem escolher a melhor escova. Saber escolher a escova correta é tão importamente quanto escovar corretamente os dentes. Esse "post" pode te ajudar a escolher a melhor escova:

A textura e qualidade das cerdas são importantes para evitar danos a gengiva e ao dente. Comumente vejo pacientes com higiene oral boa, mas com lesões causadas pela escovação! As escovas de cerdas médias e duras geram o desgaste da superficie dental e aparecimento de retrações gengivais. A mesma escova tão importante para manter os dentes limpos pode ser a vilã da história. Por isso é importante que a escova tenha CERDAS MACIAS e arredondadas, bem polidas. Se você usa próteses dentais a grampo removíveis (popularmente chamada de Roach) ou prótese total em acrílico em um dos arcos, remova a sua prótese para escovar os dentes e use duas escovas, uma escova macia para seus dentes e uma escova dura ou média para limpar a prótese.

As cerdas tendem a deformar com o uso, ao sinal de deformação troque a sua escova. O tempo médio de deformação é de 3 meses, mas em alguns casos em apenas 1 mês a escova se encontra totalmente deformada, devendo ser trocada.

O tamanho e formato da cabeça da escova também são muito importantes. As escovas com cabeça grande geralmente impedem a limpeza da região posterior da boca, principalmente atrás do último dente. Assim, quando mais delicada for a cabeça da escova, melhor. Escolha uma escova de CABEÇA PEQUENA. Algumas marcas atribuem número a escova. Nesses casos, a escova de cabeça pequena é a de número 30.

Para os pacientes em tratamento periodontal, exite a ESCOVA UNITUFO (ou bitufo), que tem a cabeça bem pequena e apenas um tufo de cerdas. Essa escova é excelente para limpar regiões de furca, raízes expostas e a região atrás do último dente. Ainda para os pacientes periodontais, pode ser indicada a ESCOVA INTERDENTAL, muito boa para limpar a região entre os dentes muito afastados e as áreas entre a gengiva e os dentes de próteses fixas.

Existem ainda escovas especiais. A escova para pacientes em tratamento ortodôntico tem um formato que facilita o encaixe nos brackets do aparelho, removendo a placa tanto dos dentes como do aparelho. Para os pacientes que passaram por cirurgias bucais, existem também escovas extra-macias, pouco traumáticas mas eficientes para limpeza de regiões recém-operadas.

As escovas elétricas também tem indicação precisa. Para pacientes com dificuldades motoras, a escova elétrica é indicada e funciona muito bem. Para pessoas sem motivação, que não gostam de escovar os dentes pode ser um "briquedinho" atraente, mas não é verdade que a eficiência da escova elétrica supera a escova convencional para pessoas com capacidade motora normal.

Na hora de escolher a sua escova leve também em consideração o preço. O fato é que escovas caríssimas e desenvolvidas com "alta tecnologia", da mesma forma que as escovas elétricas, são "brinquedinhos" ótimos para quem não gosta de escovar os dentes, mas não trazem benefícios adicionais. A escova comum faz o seu papel perfeitamente quando utilizada da maneira correta.

Lembrando... uma boa escovação não dispensa o uso do fio dental! Visite seu Cirurgião Dentista regularmente para garantir saúde!

Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Recobrimento Radicular

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A queixa mais comum dos pacientes que sofrem de periodontite é a raiz exposta resultante da perda óssea. A expressão mais usadas pelos pacientes é “meu dente cresceu”. De fato o dente pode sair do osso alguns milímetros, o suficiente para ser percebido. Porém, mais frequentemente o osso e a gengiva que recobrem as raízes são destruídos pelo processo inflamatório da periodontite e assim a raiz é exposta. A essa sequela da doença periodontal damos o nome de retração gengival ou recessão gengival. Essa é uma condição esteticamente desfavorável principalmente quando afeta os incisivos e caninos superiores – os chamados “dentes da frente” na linguagem popular. Além do comprometimento estético, as raízes expostas podem ser mais sensíveis, pois não possuem a camada de esmalte encontrada na coroa dental.

Exitem algumas técnicas disponíveis para recobrir essas raízes expostas. A indicação de cada técnica depende da forma de tamanho da retração gengival. Nos casos em que foi afetada a região entre os dentes (as papilas dentais) pouco ou nada pode ser feito. O sucesso nesses casos raramente é alcançado. Porém quando houve perda óssea sem envolver as papilas, e que ainda foi preservada uma faixa razoável de gengiva, a técnica mais simples tem sucesso praticamente garantido. Entre esses dois extremos, cada caso traz um percentual mais ou menos previsível de sucesso. Como nós não podemos controlar a forma como o periodonto responderá, os critérios para eleger a melhor técnica devem ser atentamente obedecidos. Porém, antes de qualquer análise de elegibilidade é imprescindível, e talvez o mais importante de tudo, verificar se o paciente “merece” a cirurgia. Coloquei a palavra merece entre aspas porque é uma questão de mérito mesmo! O paciente que coopera com o tratamento aderindo ao programa de higiene proposto merece ser operado. Aquele que descuida da higiene e está sempre voltando com os dentes cobertos por placa não deve ser operado. Além do risco de infecção após a cirurgia, a retração ocorrerá novamente no paciente descuidado. Outro fator importantíssimo é a experiência do Cirurgião Dentista ou do Periodontista. Quanto mais criterioso for o profissional ao eleger o paciente, o dente e a técnica, maiores as chances de sucesso.

As técnicas mais comuns são REPOSICIONAMENTO CORONÁRIO DO RETALHO e REPOSICIONAMENTO CORONÁRIO DO RETALHO COM ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO. Existem outras técnicas como RETALHO SEMILUNAR, PAPILA DUPLA e DESLIZE LATERAL DO RETALHO.

As técnicas de reposicionamento coronário, retalho semilunar, papila dupla e deslize lateral do retalho são indicadas quando o paciente tem tecido gengival adjacente à retração, sendo possível trazer esse tecido para recobrir a raiz exposta. Quando não há ou há apenas menos que 2 mm de gengiva adjacente a retração, indicamos o reposicionamento coronário do retalho com enxerto de tecido conjuntivo. O enxerto de tecido conjuntivo é obtido do palato (“céu da boca”) do próprio paciente, no momento da cirurgia. Geralmente, a cicatrização do palato é muito boa e muito rápida, em poucas semanas está completamente fechado, mas pode ocorrer necrose da região retardando a cicatrização e trazendo desconforto para o paciente.
Essas cirurgias também podem ser realizadas em pacientes com implantes dentais. Em alguns casos, a gengiva é muito fina e através dela é possível ver os implantes. Nesses casos, o enxerto de conjuntivo pode aumentar a espessura da gengiva e esconder melhor os implantes.

Se você tem retrações gengivais, converse com o seu Cirurgião Dentista ou com o seu Periodontista. Exponha o seu desejo de tentar recobrir as raízes expostas! A estética gengival é importantíssima para a harmonia do sorriso!

Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Antisséptico bucal: qual usar??

Aviso Importante aos Leitores
O Blog “Saúde Periodontal, Periodontite e Gengivite” mantido pela Cirurgiã Dentista Thais Gonçalves Zillo tem como finalidade esclarecer e educar a população sobre os assuntos Odontológicos de relevante interesse da coletividade. Não visamos autopromoção ou sensacionalismo, preservando a ética e o decoro da profissão, razão pela qual não fornecemos consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento, tampouco emitimos opinião sobre tratamento realizado por terceiros. Destacamos que a Odontologia é uma profissão que se exerce, em benefício da saúde do ser humano e da coletividade, sendo considerada como uma ciência de meios e não de resultado, uma vez que cada paciente possui particularidades que interferem diretamente na técnica empregada pelo Cirurgião Dentista e no sucesso do tratamento executado. Dessa forma, orientamos que havendo dúvidas sobre a sua saúde bucal ou quanto ao seu tratamento odontológico, que seja consultado o seu Cirurgião Dentista.


Os antissépticos bucais são encontrados facilmente na forma de bochechos e enxaguatórios em farmácias, mercados e lojas de conveniência. A variedade é enorme, são diversos "sabores" e marcas, com princípios ativos diferentes. Essa vastidão de opções traz a grande dúvida: "Qual o melhor bochecho?".
Na verdade, existem perguntas mais importantes: "Eu preciso usar um antisséptico bucal?" e "Quando eu devo usar o bochecho?". Ao longo do texto responderemos as três questões.

Antes de falarmos sobre as diversas substâncias dos bochechos, quero apenas lembrar que as bactérias que colonizam os dentes se arrajam em uma estrutura organizada, que é resistente a ação de substâncias antissépticas. Respondendo a pergunta "Quando eu devo usar o bochecho?": Quando os seus dentes já estiverem limpos! Aí entra a questão "Eu preciso usar um antisséptico bucal?". "Se os meus dentes já estão limpos por que vou usar antisséptico??" Porque os antissépticos tem um tempo de ação de 30 minutos a 12 horas. Assim, o uso de um bochecho pode retardar a proliferação de bactérias na superfície dos dentes. Sem uma substância química que as impeça, imediatamente após a escovação, as bactérias voltam a colonizar os dentes.

Os bochechos são geralmente indicados por dois motivos. Primeiro, para efetivo controle de placa e segundo para motivar o paciente com o gostinho bom e sensação de boca mais limpa.

Nos casos de pacientes que apresentam doença periodontal e todos aqueles que são submetidos a cirurgias bucais, os bochechos a base de CLOREXIDINA são geralmente indicados para o controle de placa. O digluconato de clorexidina é um antifúngico, bactericida (mata bactérias) e bacteriostático (impede a proliferação de bactérias). A clorexidina é atóxica e não é poluente, sendo o produto de primeira escolha da Organização Mundial de Saúde (World Health Association - WHO). Porém, como toda droga, deve ser usada apenas quando prescrita por um profissional habilitado. O uso prolongado de bochechos a base de clorexidina pode causar alteração do paladar, ou seja, o paciente frequentemente se queixa que o gosto dos alimentos mudou (para pior!). Além disso, o uso prolongado de clorexidina pode causar queimaduras químicas e manchas nos dentes. Apesar de ser um excelente antisséptico, seu uso deve ser restrito àqueles casos em que o seu Cirurgião Dentista recomende.

Como motivadores todos os outros podem ser utilizados. Alguns pacientes gostam muito dos bochechos pela sensação de hálito perfumado e assim escovam os dentes, usam o fio e fazem o bochecho com mais satisfação... Desde que não seja um hábito diário e prolongado, o bochecho pode ser eventualmente introduzido pelo menos como forma inicial de motivação. Eu recomento o uso de produtos SEM ALCOOL na sua fórmula, ou seja aqueles à base de ÁGUA. O acetaldeído liberado pelo álcool é tóxico e pode fazer mal a sua saúde.

As substâncias mais comuns contidas nos bochechos antissépticos são os TRICLOSAN, ÓLEOS ESSENCIAIS e CLORETO DE CETILPIRIDÍNIO.

Os bochechos a base de triclosan geralmente contém álcool em sua formulação porque é praticamente insolúvel em água. O triclosan impede a proliferação de bactérias e os fabricantes garantem um período de 12 horas de ação. Entretanto, o triclosan é considerado poluente e o seu impacto na natureza gera questões ambientais que estão acima do seu poder antisséptico.

Os bochechos à base de óleos essenciais contem mentol, eucaliptol, timol e salicilato de metila. Apesar de considerados eficazes no controle de placa, são menos efetivos que a clorexidina. A vantagem é que não apresentam os efeitos colaterais associados, porém necessitam de álcool em sua composição para dissolver os óleos que são insolúveis em água.

O cloreto de cetilpiridínio é um composto quaternário de amônio catiônico eficaz e tem 3 a 5 horas de ação. É um bom bacteriostático porque interfere na aderência bacteriana. Entretanto, assim como a clorexidina, seu uso prolongado pode manchar os dentes. A grande vantagem é que o cloreto de cetilpiridínio dispensa o álcool na sua composição.

Resumindo: Desde que seja a base de água e que seu uso não seja uma rotina, o bochecho pode ser usado como forma de tornar a higiene oral mais prazerosa!

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